Não luto pela igualdade, mas sim pela compreensão da diferença.


Esses dias andei refletindo sobre diferença e igualdade. São assuntos que regularmente são discutidos, mas nunca nos levam a lugar algum. Como assim “igualdade”? E como assim “diferença”? Primeiramente, comecemos pela igualdade. Seja qual for o lugar - na educação escolar, nas ruas, na política – o que se defende é a igualdade. Essa igualdade provém de muitos fatores que a fazem, de certo modo, com que a torne benéfica à sociedade. Como por exemplo, a igualdade entre as pessoas traria um benefício gigantesco que seria a exterminação do preconceito. Muito bem, esta é uma afirmação que muitas pessoas julgam correta. Todo mundo igual; ninguém está em confronto. Todas as pessoas sendo tratadas da mesma forma, sem nenhuma diferença.

Num outro plano, podemos pensar que a igualdade é uma utopia. Ou seja, nunca será alcançada, tampouco é tão benéfica assim. Numa sociedade totalmente igualitária não haveria evoluções. Imaginemos que exista em algum lugar do mundo, pessoas que vivem sobre os mesmos parâmetros. Todos compartilham das mesmas necessidades; os sonhos são os mesmos; as ambições semelhantes. Enfim, tudo é igual. Temos, obviamente, uma igualdade. Agora imaginemos, mais uma vez, essa sociedade. Sinceramente, responda: que graça haveria?

Creio eu, que a diferença é o que rege o universo. A diferença embeleza e transforma. Um mundo criado em apenas um tom de cor não haveria graça; um mundo em branco e preto seria mais interessante; mas um mundo em vários tons de colorido é perfeito. E é dessa forma que é o composto o nosso universo, um colorido e de diferentes formas. As diferenças são o que realmente importa, o igual é comum, o igual é “sem sal”. Como mencionei o preconceito no começo do texto, podemos entendê-lo agora. Pois, a abolição do preconceito não será fruto da igualdade, mas sim da compreensão das diferenças.

Precisamos de uma sociedade com aspirações diferentes, com idéias que confrontem, com opiniões distintas. Caso pudesse fazer um desejo que fosse certamente atendido, escolheria apenas que a sociedade entendesse a diferença, e não que a ignorasse em forma de igualdade. Igualdade não existe, igualdade é uma utopia.

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