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Não acredito! É Nx Zero?

Não, eu ainda não estou louca; e não, esse texto não faz apologia nenhuma ao Nx-Zero. Mas sim, apresentarei aqui uma reflexão sobre alguns aspectos que a sociedade nos coloca, e as conseqüentes conseqüências desses atos. (??) Não, to brincando.

Assim como todas (claro que não t-o-d-a-s, mas uma grande parte) da população brasileira, gostei a primeira vista do NX-Zero, mas isso no começo; e ainda não sei por quê. Mas foi aquela simpatia de nossa-que-bandinha-legal-vou-baixar, e só isso. Porque enjoa sim se você ficar ouvindo os mesmos “mazás vezes acho, que não sou o melhor pra você, mazás vezes acho que poderíamos ser o melhor pra nós dois...”, ou então: “cedo ou tarde a gente vai se encontrar, tenho certeza numa bem melhor...”. As músicas são todas iguais, todas no mesmo ritmo: aquele rockinho pra contagiar os adolescentes com franjinha pro lado e calça colada.

Surpreendentemente ouvi uma música deles que gostei, e não era essa mesmice das outras. Precisamente no dia 01/12 por volta das 22:30, escutei pedaços, trechos, e percebi uma calmaria, olhei pra amiga que estava comigo e perguntei: É NX zero? Haha, gostei, essa vou baixar!

No outro dia nem lembrava da letra, muito menos da existência da musica. Fiquei tempos e tempos até que minha amiga me mandou o nome, e baixei. E constatei o que já sabia: não é como as outras não! Não é aquela emice (sim, emice) de sempre! E sabe do que, ela é legal. Sabe do que mais, não acho que ela seja deles. Eles encontraram a letra com certeza em algum lixo da casa do Caetano Veloso. Haha, brincadeira. É deles a música, e olha: Parabéns! Não acreditava no potencial desses garotos. Mas sim, eles têm mais do que uma franjinha comprida e oleosa na cabeça.


ps: A propósito, a música se chama: Cartas pra você.

Verdades ocultas? I don't think so.

Meu segundo post ainda, e tenho certeza de que muitos virão. Mas esse é especial. Vou falar sobre um livro que encontrei no blog da fake-doll.com, que falava sobre relacionamentos. Não, esse não é meu objetivo aqui no blog, mas convenhamos que toda mulher gosta de falar sobre isso. E também gosta de ler sobre isso (bem, pelo menos eu gostava). Ah, e também não, esse não é o tema do blog dela. Mas enfim, às vezes é bom lembrar que nós todas temos sentimentos, e que sempre eles são responsáveis pelas dores de amores mais profundas que temos. Eu disse “às vezes”? Desculpe, sei que é sempre, mas é só pra argumentar. Oras, porque t-o-d-a mulher gosta, sim, de ficar falando e falando sobre amor, e seus maridos, namorados, ficantes, amantes; enfim, seja lá o que for. Logo, eles tomam, sim, muito do nosso tempo,e muitas vezes nem sabem, ou fingem que não sabem, ou então nem querem saber.

Aí chega a hora do livro entrar em ação! “Será que ele não gosta de mim” é como se fosse a pergunta-tema do livro (e não, esse não é o nome do livro). Ele foi escrito por uma atriz e um ator do seriado Sex and City, muito famoso por sinal. Até aí tudo bem: escritores famosos, tema razoavelmente legal, best-seller. Hmm – pensei – acho que vale a pena! Vou dar um Google, e ver se encontro a versão em pdf, porque aqui onde moro, minha querida, não encontramos nem biblioteca aberta, quem dirá uma livraria. Era noite, e eu comecei a ler o livro, numa expectativa incrível, pois a blogueira do fake-doll falou muito sobre o livro, que era isso e aquilo, e que mostrava o lado da história que nós, mulheres, não conseguimos ver. Ou seja, pegava no nosso calo. Fiquei feliz, porque querendo ou não, temos que conhecer o lado “mal” da história.

Rapidamente encontrei o livro (livro de auto-ajuda né hehe) e comecei a ler, quando fui interrompida pela minha irmã (ah sim, ela queria fazer chapinha no cabelo e adivinha quem seria a cabeleireira? =D). Ok, fui lá, fiz o mais rápido que pude (inclusive não parei de pensar no livro nem um segundo, pois minha curiosidade era grande demais). Vai lá a Marilia ler o tal do livro super-famoso-legal-interessante que tanto se era falado. Uau! O começo era incrível, o tal do Greg entende do assunto, garotas! O livro mantém uma seqüência de perguntas feitas por “consultoras particulares” dele, e obviamente ele (Greg) responde, e abaixo contém comentários feitos pela atriz-autora (que eu não lembro o nome, mas era algo como Liz eu acho). Pois bem, já nas primeiras perguntas já vi que a coisa não ia terminar bem. Primeiro que a realidade onde se aplicava as tais questões das mulheres era diferente da minha (falo de idade). A diferença não é tão grande assim, mas era diferente (sério?) – pelo menos por enquanto. Bem, isso não era o grande problema. O pior era o Greg!

Bem, a primeira coisa é que posso dizer que definitivamente concluí que livros de auto-ajuda não são de tanta ajuda assim. Como pode uma teoria ser aplicada a todos os seres humanos, sendo que somos todos diferentes? Esse assunto foge de meus objetivos nesse texto, mas foi importante se comentar (sim, depois de uma conversa com um quase psicólogo constatei o que desconfiava – livros de auto-ajuda não ajudam).

Pois bem, ele (o Greg) colocava t-o-d-a-s as mulheres contra seus respectivos romances. Tudo bem que ele é o homem da situação, e por isso deve entender do que estava falando, mas tudo aquilo era obvio demais em cada situação. Por quê? Porque as histórias eram muito claras, eram muito não-quero-mais-você. E pior de tudo é que era obvio! Era fácil identificar. Muito fácil. Meus Deus como era fácil!

Não julgo as mulheres que mandaram as cartas (e-mails, mensagens psicografadas, seja lá o que for) para ele, mas sim ele se aproveitar dessas pobres e ingênuas e coitadas e loucas e doidas, para falar coisas que t-o-d-a-s sabem! (pelo menos deveriam saber.)

Se ele não liga, acabou o interesse; se ele não te chama pra sair é porque ele não quer; se ele some, é porque ele não quer nada com você. (ah, sério?) blábláblá. É difícil de assumir e falar? É claro que é. Mas não é difícil de entender, e olha, ao contrário do que a moça do fake-doll falou, eu não concordo que esse livro venha fazer nós mulheres a se valorizar mais (tudo bem, uma ou outra precisa sim de ajuda, mas não todas que tem probleminhas nos relacionamentos, esses probleminhas especificamente).

Tenho certeza de que, pelo menos para mim, esse livro ajudou em uma coisa, não que eu já não soubesse, mas é uma coisa chata e complicadinha de se enxergar. Se não há demonstrações é porque não há nada pra demonstrar, captou? Não? Tá, eu explico. Oras, se ele não demonstra interesse, ele não tem interesse. Agora sim né? Mas digo que foi interessante esse aspecto porque foi um homem que disse – e nessa temos que acreditar. Por exemplo, havia uma mulher que falava que obrigatoriamente, diariamente, constantemente, ela fazia o namorado dela (os dois moravam juntos, namorido então) ligar para avisar onde ele tava, com quem estava, blábláblá... Pois bem, Greg falou simplesmente que ele não gostava dela. Como assim? Simples, ele não ligava, e se ligava era pela obrigação (oras, ele poderia ter problemas com telefone, não gostar de tecnologia ou alguma coisa assim). Aí ele utilizou de situações reais na ilustração do acontecimento: ele (Greg) liga t-o-d-o dia para a esposa dele, toda a hora, porque ele ama ela, e disse também que ao escutar a voz dela o dia dele fica melhor, e blábláblá. Oh shit! Da raiva de ouvir isso, mas é verdade. E é verdade, pois já passei por isso! Mas como falei, isso pode não ser verdade para todas, ou então eu é que sou mais uma da lista dele, que não sei ver o lado desculpa-amor-por-não-te-ligar; ou o lado tava-com-minha-vó-doente; ou o lado almoço-só-com-minha-mãe; ou o lado tenho-que-estudar-hoje. Sim, são verdadeiros, e muito verdadeiros. Cof, cof.

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Não luto pela igualdade, mas sim pela compreensão da diferença.


Esses dias andei refletindo sobre diferença e igualdade. São assuntos que regularmente são discutidos, mas nunca nos levam a lugar algum. Como assim “igualdade”? E como assim “diferença”? Primeiramente, comecemos pela igualdade. Seja qual for o lugar - na educação escolar, nas ruas, na política – o que se defende é a igualdade. Essa igualdade provém de muitos fatores que a fazem, de certo modo, com que a torne benéfica à sociedade. Como por exemplo, a igualdade entre as pessoas traria um benefício gigantesco que seria a exterminação do preconceito. Muito bem, esta é uma afirmação que muitas pessoas julgam correta. Todo mundo igual; ninguém está em confronto. Todas as pessoas sendo tratadas da mesma forma, sem nenhuma diferença.

Num outro plano, podemos pensar que a igualdade é uma utopia. Ou seja, nunca será alcançada, tampouco é tão benéfica assim. Numa sociedade totalmente igualitária não haveria evoluções. Imaginemos que exista em algum lugar do mundo, pessoas que vivem sobre os mesmos parâmetros. Todos compartilham das mesmas necessidades; os sonhos são os mesmos; as ambições semelhantes. Enfim, tudo é igual. Temos, obviamente, uma igualdade. Agora imaginemos, mais uma vez, essa sociedade. Sinceramente, responda: que graça haveria?

Creio eu, que a diferença é o que rege o universo. A diferença embeleza e transforma. Um mundo criado em apenas um tom de cor não haveria graça; um mundo em branco e preto seria mais interessante; mas um mundo em vários tons de colorido é perfeito. E é dessa forma que é o composto o nosso universo, um colorido e de diferentes formas. As diferenças são o que realmente importa, o igual é comum, o igual é “sem sal”. Como mencionei o preconceito no começo do texto, podemos entendê-lo agora. Pois, a abolição do preconceito não será fruto da igualdade, mas sim da compreensão das diferenças.

Precisamos de uma sociedade com aspirações diferentes, com idéias que confrontem, com opiniões distintas. Caso pudesse fazer um desejo que fosse certamente atendido, escolheria apenas que a sociedade entendesse a diferença, e não que a ignorasse em forma de igualdade. Igualdade não existe, igualdade é uma utopia.

 
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